9 DE AV DE 5.785 COMEÇA DIA 02-AGO-2025:

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GRAVAÇÃO DA LIVE DE 9 DE AV 2024

NÃO SE CHORA SOBRE LEITE DERRAMADO. E SOBRE TEMPLOS DESTRUÍDOS?

 
Os sábios do Talmud, no tratado Ta'anit 3, recitaram o versículo ( Isaías 66:10 ): "'Faça Jerusalém feliz e revele a ela todos os seus amantes. Alegrem-se com ela uma alegria:  
 
Todos aqueles que choram por ela (Jerusalém) irão se alegrar com ela. E quem não chora por Jerusalém - não vê a alegria dela.
 
Ainda mais - no Shabat não é permitido chorar pela destruição dos templos sagrados de Jerusalém. 
 
Pois no Shabat não se trabalha, dentro disso entendemos que não construímos durante o Shabat. 
 
E chorar pela destruição do Templos Sagrados constrói o 3° templo nos mundos espirituais!
 

 

O PERIGO DA TRISTEZA 

 
Mas por quê? Chorar e lamentar não é abominável de acordo com o ARIZAL?
Sim, o Grão Mestre Cabalista, o ARIZAL, menciona que a tristeza inconformada é abominável (pesado, eu sei).
 
Mas a lógica é simples - pois significa que a pessoa não tem nenhum entendimento sobre seu propósito e o imenso investimento de energia, vida e fé que o Criador fez com a pessoa.
 
Além disso, a tristeza profunda e inconsolável denota consciência de faltas, escassez e lacunas e, igual atrai igual, ou seja, tal pessoa estaria atraindo à si mesma muitas Klipot (cascas de negatividade). 
 

 

UM PERIGO MAIOR QUE A TRISTEZA

 

Junto com isso, há um perigo espiritual maior, o perigo da indiferença!
Há uma profunda diferença entre sentir a dor e ficar triste. Se não sentimos a dor alheia, como que poderemos participar da alegria alheia? Essa ideia se baseia num dos alicerces da criação do mundo, conforme explicamos mais à fundo nos cursos de Cabala.
 
Com isso dito, nem sempre é fácil sentir a dor da destruição dos templos sagrados de Jerusalém.
Pois como que sentimos a dor de eventos que ocorreram há 2 milênios atrás?
 
Então, segue uma história emocionante sobre 9 de Av escrita por Keren Gottlieb:
 

 

A HISTÓRIA QUE MUDOU TUDO

 

Todos os anos, quando Tisha (Nove) Be (de) Av chegava, eu estava com um problema.
Foi um dia em que devemos lamentar a destruição do Templo. 
 
Um dia em que não comemos, não bebemos, não usamos sapatos de couro e praticamos costumes de luto diferentes e especiais.
 
Todos os anos eu ouvia a leitura do Livro das Lamentações, que lamenta a destruição de Jerusalém, mas sempre me via vagando em pensamentos para áreas completamente diferentes. 
 
Enquanto o cantor lia sobre o templo, eu me desconectava completamente, planejando minhas férias de verão, feliz porque o período de exames havia terminado, ou apenas esperando que o jejum passasse facilmente este ano também. 
 
Sejamos realistas, para alguns é um pouco difícil lamentar verdadeiramente algo que aconteceu há dois mil anos, que nunca vimos e que não sentimos tanta falta no nosso dia a dia.
 

O PONTO DE VIRADA - "OPERAÇÃO SALOMÃO"

 
Aos vinte e poucos anos, trabalhei como professora e guia no local da caravana 'Bat Hazor', localizado perto de Gedera. 
 
Local onde existiam 700 caravanas, que albergavam milhares de novos imigrantes vindos da Etiópia. 
 
De manhã trabalhava como professora na escola 'Yad Shabtai' em Ashdod (onde os imigrantes estudavam), e à tarde e à noite trabalhava como instrutora no próprio local.
 
Foi logo após a "Operação Salomão", uma operação em que aproximadamente 14.500 judeus da Etiópia foram trazidos para Israel por trem aéreo. 
 
Foi uma operação emocionante e especial, e todo o público em Israel ficou surpreso ao ver que de repente há judeus andando por aqui que foram na verdade “arrancados” da nossa nação anos atrás.
 
Os imigrantes não conheciam o Dia da Independência, nem o Dia de Jerusalém, nem mesmo Purim ou Hanuka - mas era óbvio que eram judeus - 
Eles guardavam o Shabat, conheciam a maior parte dos feriados, mantinham a tradição judaica de forma piedosa e conservadora, mas estava claro que não sabiam tudo.
 
Provavelmente a desconexão pela qual passaram durante todos esses anos afetou seu mundo de tradição. 
 
Como professora e instrutora, a minha função consistia em diversas tarefas. Em primeiro lugar, é claro que fui encarregada de ensinar-lhes a língua hebraica. 
 
Como novos imigrantes, a condição mais básica para uma rápida absorção é a conversa diária com o motorista do ônibus ou com o dono do supermercado. 
 
Logo ficou claro para mim que esta era a tarefa mais simples e tediosa entre as minhas outras tarefas.
 
Com o tempo, descobri muitas lacunas no conhecimento histórico e tradicional das crianças, e pensei comigo mesma que se não colocasse ênfase no preenchimento dessas lacunas, a sua absorção no país nunca seria completa.
 
Afinal, como poderia um rapaz integrar-se no movimento juvenil do bairro, se não soubesse o que era um Sevivon (pião usado em Hanuka pelas crianças), ou a bandeira de Israel, ou o hino nacional 'Hatikvah'? 
 
Como uma mulher irá conversar com seus vizinhos, se ela não conhece os refinamentos modernos da Halachá, como o relógio do Shabat, etc.?
 
Decidi que dedicaria uma quantidade considerável de tempo todos os dias para ensinar sobre o Judaísmo atual. 
 
O judaísmo no passado parecia exatamente como os judeus etíopes o preservaram até hoje.
 

A PRIMAVERA CHEGOU - E COM ELA RENOVAÇÃO

 
Chegou o mês de Nissan, que traz a Primavera em Israel e decidi começar a dar aula sobre Pessach.
 
Eu tinha 20 alunos em minha turma do 3º ao 6º ano (eles foram designados de acordo com o nível de leitura, não de acordo com a idade cronológica). 
 
O meu plano era, em primeiro lugar, liga-los ao Pessach e aos outros feriados, lembrando-lhes as três peregrinações, as três épocas do ano em que o povo de Israel costumava subir a Jerusalém. 
 
Eu pretendia ser breve nesta introdução, apenas um pequeno lembrete, e começar imediatamente com o tema de Pessach.
 
“Hoje é Rosh Chodesh Nissan e este é o mês em que celebramos o Pessach”, comecei a lição.
 
 “Pessach é uma das três peregrinações. Em Pessach, todos os judeus subiam a Jerusalém, ao Templo Sagrado”. 
 
Mas nesse momento um dos alunos deu um pulo e interrompeu minhas palavras: “Professora, você já foi ao templo?” Sorri para ele, entendendo que ele estava um pouco confuso. 
 
"Não, ora, foi há muito tempo!" O aluno insistiu e vários pares de olhos foram acrescentados a ele: 
 
“Sim, tudo bem, há muito tempo, mas você estava lá? Você já esteve no templo uma vez?”
 
Não existe templo há dois mil anos!
Eu não estava lá, meu pai não estava, meu avô também não! Não existe Templo há dois mil anos! 
 
Sorri novamente, me acalmando, mas desta vez um pouco confusa. Pensei comigo mesma, o que ele não entende? Talvez meu hebraico seja difícil para ele? Resolvi explicar claramente: "Não, ora, foi há muitos, muitos anos. Há muito, muito tempo!"
 
Esperava que desta vez me explicasse bem. Mas agora o resto dos alunos se juntou a ele e perguntaram juntos: "Você nunca esteve lá?", "Professora, como é estar no Templo?", "Como é o Templo?" "Ssshhhh!", tentei acalmar os ânimos, "Escutem, não existe templo! Existia um templo há muitos, muitos anos, mas hoje não existe! Foi destruído! Foi queimado! 
 
Eu não estava lá, meu pai não estava lá, nem meu avô!
 
Faz dois mil anos que não existe templo! Eu disse as palavras repetidamente. Qual é a história? Esta é uma realidade na qual todos nascemos, por que eles estão tão chateados com isso? 
 
A comoção na aula só ficou cada vez mais intensa, quando agora eles começaram a conversar em amárico, discutindo, traduzindo, explicando, gritando, e não consigo mais controlar a ordem da aula. 
 
Quando o sino da escola tocou, eles juntaram suas coisas e correram para casa. Saí da escola exausta e completamente confusa.
 
Por que toda essa gritaria? O que eu disse?
 

A PROFECIA ANTIGA SE FEZ VERDADEIRA HOJE

Na manhã seguinte, eu estava no ônibus que me levava para a escola, sem que os acontecimentos do dia anterior me incomodassem. Na verdade, esqueci quase completamente tudo que havia ocorrido no dia anterior. 
 
Hoje planejei lecionar apenas disciplinas como matemática e geometria, então não pensei em outras disciplinas. 
 
Quando o ônibus chegou no meu ponto, desci e comecei a caminhar calmamente em direção ao portão da escola. 
 
O guarda parado no portão me cumprimentou com um olhar um pouco assustado. "Diga-me", ele se virou para mim, "o que está acontecendo aqui hoje? Você tem alguma ideia?"
 
Tentei me lembrar se havia alguma atividade especial, ou algum ritual que eu tivesse esquecido, mas não consegui me lembrar de nada incomum. 
 
"Por quê?", perguntei a ele: "O que aconteceu?" Ele não me respondeu e apenas apontou para a entrada da escola. 
 
Olhei para cima e vi ali uma grande reunião de idosos imigrantes etíopes, provavelmente os pais dos meus alunos. 
 
O que eles estão fazendo aqui? E por que todos os seus gritos? 
 
Aproximei-me deles, tentando entender, pelo pouco amárico que entendia, o motivo de toda aquela agitação. 
 
Quando me aproximei deles, ele de repente ficou completamente quieto. 
 
Um dos adultos que conhecia melhor o hebraico me perguntou: “Você é professora dos nossos filhos?” 
 
"Sim", respondi, "o que está acontecendo aqui, senhor?" 
 
“As crianças voltaram ontem para casa e nos contaram que a professora que as ensina lhes disse que não há templo em Jerusalém. Quem pode dizer-lhes tal coisa?”, ele me olhou com um olhar zangado.
 
"Eu contei a eles. Conversamos sobre o Templo, senti que eles estavam um pouco confusos, então esclareci que o Templo queimou há milhares de anos e que hoje não temos nenhum Templo. Só isso. Por que toda essa comoção? ?" 
 
Ele olhou para mim sem acreditar. 
 
"O quê? Do que você está falando?" 
 
Agora eu estava ainda mais confusa. "Eu não entendo. Por que toda essa raiva? 
 
Eu simplesmente os lembrei que o Templo foi destruído, que não existe hoje." 
 
O homem virou-se para o resto dos amigos, gaguejou e traduziu minhas palavras para eles. 
 
De repente, a comoção recomeçou, mas ainda em tons mais altos do que antes. 
 
O representante deles silenciou seus companheiros e voltou-se para mim novamente. 
 
"Tem certeza?" Eu não entendi o que ele estava falando. 
 
"Do que você tem certeza? Se o Templo foi destruído? Claro que tenho certeza!", Não consegui esconder o sorriso no rosto. 
 
Que situação estranha, pensei comigo mesma.
 
Um grupo de três homens começou a conversar entre si baixinho, palavras rápidas, confusas e difíceis de acreditar – o homem voltou-se novamente para seus amigos, e em tom dramático traduziu minhas palavras. 
 
Parecia que a essa altura a mensagem fora finalmente compreendida, mas agora começava uma peça diferente; 
 
Uma mulher caiu no chão, a outra começou a chorar de partir o coração, um homem parado ao lado delas olhou para mim incrédulo. 
 
As crianças ficaram de lado, olharam o que estava acontecendo com evidente constrangimento; 
 
Outra mulher de repente começou a chorar; Seu marido se aproximou e a abraçou. 
 
Fiquei na frente deles e fiquei atordoada. Senti como se lhes tivesse levado a mensagem de Jó, que era demasiado difícil de suportar. 
 
Como se eu lhes contasse sobre a morte de um ente querido. 
 

ELES NÃO SABIAM QUE O TEMPLO SAGRADO EM JERUSALÉM HAVIA SIDO DESTRUÍDO! 

 
De repente lembrei-me do versículo:
 
"Chora amargamente de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes..." [Lamentações 1:2].
 
Fiquei diante de um grupo de judeus que realmente lamentava a destruição do Templo em Jerusalém!
 
O hub da unidade e da paz no mundo inteiro foi arrancado deles sem que eles soubessem disso!
 
Eles lamentavam o desaparecimento da Shekhina e da sacralidade de nossas vidas na Terra Santa.
 
Lamentavam a destruição do centro espiritual e cultural que unia todas as pessoas ao seu redor.
 
 

"Sião será redimida com justiça, e seus capturados com tzedaká" [Isaías 1:27]

https://elo91.com.br/aperfeicoar/

 

COSTUMES DE 9 DE AV

Durante as quase 25h de 9 de Av há um costume de seguir 5 restrições principais:
 
1. Não calçar sapatos de couro (a restrição é somente para calçados e somente para calçados de couro, demais vestimentas de couro ou demais calçados que não são feitos de couro são permitidos);
 
2.  Não passar cremes ou cosméticos no corpo (pele, cabelos e unhas);
 
3. Não passar água no corpo, somente lavar os dedos quando necessário (se sujou ou para Netilat Yadaim ).
 
4. Se abster de relacionamentos conjugais ou qualquer tipo de troca ou envolvimento sexual;
 
5. Jejum seco de água e comida - SOMENTE PARA QUEM ESTÁ COM A SAÚDE BOA E CUJO MÉDICO PERMITA TAL ATIVIDADE! Grávidas, ou mulheres amamentando ou pessoas doentes não devem jejuar!
 
Além disso, o costume é "ficar quieto/a" sem nenhum entretenimento - sem festejar, sem ouvir música ou assistir TV, navegar nas redes sociais ou internet.
 
É um dia para refletir sobre a Luz que você me permite crescer dentro de si.
Na noite de 9 de AV há o costume de ler os  capítulos do pergaminho de Lamentações escrito pelo profeta Jeremias.
 
Há vastos segredos neste livro que consegue despertar a Luz que precisamos para este dia. (Assista o vídeo abaixo com as explicações).
Para saber que horas inicia e termina o dia 9 de Av (e seu jejum para quem possa fazê-lo):
 
Entre no site https://www.myzmanim.com/search.aspx?lang=pt *
Coloque a sua cidade e veja o horário do término do jejum = término do dia 9 de Av.

 

 

*Não somos afiliados ao site myzmanim e tampouco nos responsabilizamos por toda e qualquer informação descrita lá, apesar de ser um dos site mais confiáveis para este serviço.